segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Márcio Vassallo lança livro sobre relação entre pai e filho

por Gabriella Mancini



Quando era criança, o escritor Márcio Vassallo gostava de cavar um buraco na areia da praia com o seu pai. Pensava que fazia isso para chegar até o Japão. Depois que cresceu, descobriu que era para chegar mais perto do seu pai.


Ele nunca foi até o Japão de verdade, mas ficou tão próximo do pai que até o trouxe para dentro de um livro. Misturando fantasia e memória, escreveu "Da Minha Praia até o Japão" (Global editora; R$ 34), lançado da Bienal do Livro de São Paulo.

O texto é cheio de encantamento, espalhado pela bela praia criada por Bebel Callage.

Márcio conversou conosco na Bienal e falou sobre pais, filhos e e seu novo livro.

De onde veio a vontade de contar essa história?
Acho que veio da minha vontade de me aproximar das pessoas. Escrevo para me aproximar dos outros e de mim mesmo, dos meus sentimentos, das coisas que eu penso e nem sabia que pensava. E para buscar a estranheza também, que é o casamento do estranho com a surpresa. Acho que a gente só se apaixona por um livro, por uma pessoa, por uma música, se a gente tomar um susto e se surpreender. Então eu busco isso, mesmo nas coisas mais simples, eu busco esse assombro no cotidiano.

Qual foi a reação do seu pai quando leu o livro?
Ele se emocionou muito e eu me emocionei com a emoção dele. Porque era uma experiência muito nossa, mas de muitas crianças também. Muita gente já cavou com o pai para ir até o Japão. Acho que foi uma declaração de amor que fiz para ele, e me deu muita alegria fazer isso.





Nenhum comentário:

Postar um comentário