Era uma vez uma macieira. E, como toda árvore, ela nunca saía do lugar.
Mesmo assim, pôde ver muitas transformações. A cidade, as pessoas, os carros ao redor. Tudo mudou com o passar do tempo.
Mas, como o leitor vai perceber no livro "Mas Será que Nasceria A Macieira" (ed. FTD), a árvore também mudou. Cresceu, perdeu folhas, virou um pedaço de tronco.
Sem usar palavras, os autores e ilustradores de Alê Abreu e Priscilla Kellen contam as transformações que acontecem ao redor da gente enquanto o relógio dá suas voltas.
O livro surgiu a partir de uma canção que Priscila havia criado quando estava na faculdade.
Confira abaixo bate-papo com os autores:
Quando criança vocês tinham relação com alguma árvore em especial? E macieiras?
Alê: A árvore deque eu sempre me lembro, não sei se é uma amoreira ou se uma cerejeira que tinha no quintal da minha avó. Lembro que em determinado momento do ano aquela árvore ficava carregada de frutinhas vermelhas e era uma festa. E isso me dava uma noção muito precisa da passagem do tempo.
Priscilla: Sempre gostei muito de árvores e plantas em geral. Comer frutas, subir em árvores, até hoje gosto muito. Uma vez, brincando de esconde-esconde, cheguei a dormir numa árvore da pracinha perto da minha casa, enquanto me procuravam. Quanto a macieiras, só fui ver uma de perto recentemente, o livro já estava pronto.
Vocês se preocupam muito com as mudanças na cidade provocadas pelos avanços da modernidade?
Priscilla e Alê: Sempre conversamos muito sobre essas mudanças e suas implicações nas nossas vidas, especialmente quando viajamos e nos deparamos com realidades muito diferentes da cidade de São Paulo, onde vivemos.
Além de algumas atitudes em nosso dia a dia, como cultivar muitas plantas, consumir menos, reciclar o lixo etc., procuramos expressar essas questões em nosso trabalho de ilustração e animação.O livro é mais um reflexo dessa preocupação.
Como vocês se conheceram? É seu primeiro trabalho juntos?
Priscilla: Conhecemo-nos em um festival de animação, o AnimaMundi, e de lá para cá sempre contribuímos um com o trabalho do outro, mas este é o primeiro trabalho que desenvolvemos juntos desde o início.
Nenhum comentário:
Postar um comentário