quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Crianças na Arte

 
"Menina com Gato", de Fernando Botero
 
"Criança com Pássaros", de Karel Appel

"Menino com Lagartixas", de Lasar Segall
Escultura de Gustav Vigeland
"Retrato de Clara Serena Rubens", de Peter Paul Rubens
"Retrato de Criança", de Tsuguji Foujita
"Menina Chorando", de Oswaldo Guayasamín
"Retrato do Menino Eutiques", de Fayum
"As Meninas", de Diego Velázquez






segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Saiba quem foram Andersen, irmãos Grimm, Perrault e Cascudo

por MÔNICA RODRIGUES DA COSTA


As lendas, mitos e contos de fada correm de boca em boca e ninguém sabe quando as histórias aconteceram, elas são dos tempos de nossos ancestrais.

Os pesquisadores que estudam tradições populares são chamados de folcloristas.
Abaixo, conheça alguns deles.


Câmara Cascudo

Câmara Cascudo
Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) foi historiador, etnólogo e contador de histórias, além de estudioso do folclore brasileiro. Recolheu muitas lendas brasileiras, como "Maria Borralheira", e estudou as origens africana, indígena e portuguesa desses contos. Escreveu mais de cem livros. Atualmente a casa em que viveu, em Natal, é um museu de cultura popular.

 Os irmãos Grimm

Jacob e Wilhelm Grimm

Os dois irmãos alemães Jacob Ludwig Karl Grimm (1785-1863) e Wilhelm Karl Grimm (1786-1859) estudavam uma ciência da linguagem parecida com gramática a filologia e por isso pesquisavam histórias lembradas por babás, velhas, soldados e nobres em diferentes línguas e dialetos. Entre os contos de fada, estão "Rapunzel" e "A Bela Adormecida".

Andersen
Hans Christian Andersen
Hans Christian Andersen nasceu pobre, mas depois ficou rico e famoso. Ele adorava contar histórias para as crianças enquanto recortava figuras para representar os personagens. Andersen ouviu muitas narrativas no seu país, a Dinamarca, e as recontou. Quem não conhece "A Pequena Sereia" e "O Soldadinho de Chumbo"?

  Charles Perrault
Perrault
O francês Charles Perrault acreditava que seu país precisava conhecer as tradições populares, amadas por todo mundo. Por isso, ouvia as pessoas contando histórias, escrevendo depois muitas delas, como "Branca de Neve" e "Chapeuzinho Vermelho". Suas versões retratavam seres malvados, como ogros que comiam crianças, especialmente nas lendas sobre castelos.


A Maior Flor do Mundo

A escritora Lúcia Hiratsuka relembra as histórias japonesas que ouvia dos avós

por LÚCIA HIRATSUKA


Quantas histórias ouvi na infância, no nosso sítio Asahi, em Duartina, no interior de São Paulo. Até hoje convivo com esses personagens nos livros que crio.
Segundo contava a minha avó, a Yamauba era uma bruxa das histórias japonesas que pegava crianças. Será que ela ficava só nas montanhas do Japão? Ou estaria escondida em algum mato perto do cafezal?
A avó falava também dos kappas, entidades dos lagos e rios, travessos, que vinham roubar pepinos. E o Kaminari? Ele fazia aquele barulho, riscava o céu com relâmpagos, depois espalhava a chuva.
- Cuidado, não deixa o umbigo de fora, o Kaminari pode levá-lo- alertava meu avô. Se trovejava enquanto estávamos no banho, eu e meus irmãos saíamos correndo para pôr roupas. Ter o umbigo roubado? Nunca!
Ah, os onis também viviam me assustando, eram enormes, muito maus. Ao ouvir essas histórias, o problema era ir fazer xixi de noite. Porque a casinha ficava do lado de fora, tudo escuro, só na luz do lampião.
Mas, se era noite de Lua cheia, a avó apontava para o alto e dizia:
- Olha, olha para as manchas na Lua. É o coelho fazendo bolinho de arroz.
- Vó, é a mesma Lua do Japão? - eu perguntava.
- A mesma, o coelho está lá.
Na Lua que boiava acima do cafezal, o coelho socava arroz num pilão.
Quer conhecer mais sobre os personagens famosos nas histórias japonesas? Clique "[aqui]":

Lúcia Hiratsuka é escritora e ilustradora, autora de livros como "Urashima Taro" (ed. Global), "Histórias de Mukashi" (ed. Elementar) e "Contos da Montanha" (Edições SM) e outros.