quarta-feira, 4 de abril de 2012

Aos 93 anos, Tatiana Belinky responde a perguntas surpreendentes


por GABRIELLA MANCINI

PROFESSORA - Podemos chamá-la de você?
Tatiana Belinky
- Claro. A única majestade que conheço é a Dona Palavra. Essa eu respeito e, quase sempre, obedeço.

ALUNOS - Quantas bruxas tem aqui na sua casa?
Ah, já perguntei, mas elas me enganam, mentem. Cada dia dizem uma coisa.

Por que você gosta tanto de bruxa?
Queria ser bruxa quando pequena. Mas depois conheci a Emília e achei que ela era melhor do que bruxa.

Quantos bichos você tem?
São dois cachorros, Max e Tuca, e sete gatos. E cada um com um jeito diferente.

Você tem filhos?
Tenho. E netos, bisnetos. Sou velhinha, viu [risos]? Velhinha, velhinha!

Tem computador?
O computador chegou tarde para mim. Usava máquina de escrever. Hoje escrevo à mão. Uso as duas: a direita escreve e a esquerda conversa com vocês [risos]. Tem canhoto aí? [Um menino diz: "Acho que tenho um canhoto", provocando risos. "O que é canhoto?" Tatiana, sorridente: "Quem escreve com a mão esquerda."]

De qual brinquedo você mais gostava na infância?
Vocês não vão acreditas: livros. Eles são mágicos, não acabam nunca. Você lê um livro hoje, daqui a três anos lê o mesmo e parece outro, porque você cresceu. Comecei a ler aos quatro anos. Aliás, qualquer criança é capaz disso, se quiser --e se não atrapalharem.

Qual o nome da sua mãe?
Rosa. Ela era muito bonita, mas muito brava também, cheia de espinhos.

Tem namorado?
Todo mundo é meu namorado [risos]. Tive um namorado por 50 anos [diz Tatiana, que é víuva, mostrando a aliança no dedo].

Você se parece com a minha avó porque ela tem cabelos brancos.
Deixem eles brancos, gosto que sejam assim. Não dá para fingir que eu sou loira [risos]

Nenhum comentário:

Postar um comentário