terça-feira, 11 de maio de 2010

A militante da infância


por Luiz Costa Pereira Junior

Tatiana Belinky é uma militante multimídia da imaginação infantil. Em 91 anos, fez de tudo pela literatura para crianças. Já foi roteirista de filmes, tradutora e adaptadora de clássicos, atuou como dramaturga e marcou época como produtora de teleteatros para a juventude já na estreia da TV Tupi, em 1950. Foi responsável, ao lado do marido, Júlio Gouveia, pelas duas primeiras versões para televisão ao vivo do Sítio do Picapau Amarelo (Tupi 1951-60; Bandeirantes 1963-64).


Hoje, a consagrada escritora de mais de 160 livros (publicados apenas a partir dos anos 80) acaba de tomar posse de uma cadeira na Academia Paulista de Letras, após um convite que aceitou com sincera surpresa, mas nenhuma relutância ("Nunca pensara no assunto, mas não se recusa uma deferência dessas").

Ela explica a própria vivacidade pelo fato de encarar cada dia com a alegria de uma aventura ininterrupta. Quando criança, esperta e peralta, queria ser bruxa. Nada de fada boazinha, nada de cem por cento candura. Hoje bisavó, esperta e peralta, quer ser ainda mais Emília. A de Monteiro Lobato, de quem se tornou amiga e discípula confessa.

Nascida em São Petersburgo, na Rússia, foi para a Letônia aos 2 anos de idade. Começou a ler aos 5. Com 10 anos chegou ao Brasil, encantou-se com o povo, o clima, o idioma.

Aprendeu o português numa boa e até hoje adora palavras de origem indígena, como "Itapetininga", por exemplo.

A Biblioteca Infantil dispõem de vários livros da autora, como: O caso do Bolinho, A Cesta da Dona Maricota, Di-versos russos, O Grande Rabanete, Saladinha de queixas e muitos outros.  


Fonte: Revista Língua Portuguesa.

 

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